4 de set. de 2008

Que venha o luxo!


Terminou ontem a ATUALUXO 2008 - Primeira Conferência Internacional do Negócio do Luxo.
Fechamos os três dias com gostinho de quero mais, pois o evento orquestrado pelo Embaixador do Luxo no Brasil, Carlos Ferreirinha, teve participações nacional e internacional de grandes empresários do setor que trouxeram dados importantes para o desenvolvimento do mercado no Brasil.
Para quem, como eu, trabalha em planejamento estratégico, muitas informações eram tão preciosas quanto as canetas, jóias, relógios e até aviões apresentados no evento, mas outras apenas chamaram muita atenção.

Uma das primeiras impressões que tive é que esse mercado tem muito dinheiro, mas se preocupava muito pouco em ter informações e dados reais de seus consumidores. Diferentemente das empresas de varejo, coisa que conheço bem, que tentam de todas as maneiras conhecer cada vez mais seus clientes, seus hábitos de consumo e seus verdadeiros anseios e desejos, as empresas do luxo definitivamente ainda não aprenderam como fazer isso e o mais interessante é que a grande maioria delas é infinitamente mais antiga que os varejos atuais, sempre contaram com a fidelidade de seus clientes e infelizmente talvez por isso não acharam necessários os conhecer tão bem. (falarei mais sobre isso em um outro artigo!)
O que importa é que o consumidor está mudando e com o consumidor de luxo acontece o mesmo. Ponto para as empresas que se preocuparam em estreitar o relacionamento com seus clientes e ponto também para os profissionais que se especializaram nisso, vão ser muito necessários nesse mercado. Hoje está claro para esse mercado o quanto é importante mudar de atitude, e de estratégia, para fazer com que seus clientes sejam mais que fiéis, sejam leais.

As boas novas são os dados do setor, ouvi muita gente dizer que não acreditava que estava lá para ouvir que o mercado de luxo movimenta US$ 210 bilhões ao ano em todo mundo e apenas 1% desse valor é referente ao Brasil, cerca de US$ 5 bilhões – uma das menores taxas dentre os países que compõem o BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. Recebendo a notícia dessa maneira é mesmo interessante se pensar por quê uma conferência tão glamurosa se temos uma expressão tão pequena no mercado? Mas a conferência era mesmo sobre negócios, BUSINESS e nesse caso a importância de onde estamos é menor do que a de onde podemos chegar e é aí que está a importância do evento.
Mesmo representando hoje apenas 1% do mercado, o Brasil cresceu de 2006 para 2007 17%, o que representa índice maior que o do PIB, que cresceu 5,4%. Quem não gostaria de estar em um mercado que cresce assim? Para 2008 a previsão de crescimento é de 25%, segundo Paulo Carramenha, da GFK Indicator que realiza trabalho de pesquisa de mercado entre os dirigentes das empresas que atuam nesse segmento no Brasil.
Para Paulo Amorim, diretor executivo para mercados dos países emergentes do banco americano West LB, o crescimento da economia do Brasil vai ter impacto direto no negócio do luxo, segundo ele “o mundo está virando de cabeça para baixo”, frase repetida diversas vezes para enfatizar a importância dos países emergentes (BRICs) e “mesmo que a participação nacional no nicho seja pequena nesse momento, o potencial de crescimento é grande. Não temos mais o monstro da inflação batendo à nossa porta e há consumidores em potencial no Brasil”.
Por isso podemos dizer que o mercado de luxo cresce e vai crescer ainda mais, é importante estarmos de olho no que vem acontecendo no Brasil e no mundo, muitas reviravoltas ainda vão acontecer e muitas marcar brasileiras ainda serão reconhecidas internacionalmente se os brasileiros fizerem a lição de casa e buscarem uma atitude de luxo.

Sobre as lições de casa, falarei nos próximos artigos, afinal essas são só as primeiras impressões. Eu ainda tenho muito o que contar!

2 comentários:

Maitê disse...

QUE TUUDOOOO!
AMEEEI

Maitê disse...

maitê aqui :D